O velório do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, morto na quarta-feira de ataque cardíaco, deve terminar às 10h locais - 11h de Brasília pelo horário de verão- desta sexta-feira (29).
Emocionados, os argentinos lotaram os arredores da Praça de Maio, em frente à Casa Rosada durante toda a quinta, passaram a madrugada desta sexta no local e chegaram a ficar dez horas na fila para ver o corpo do peronista.
A entrada de visitantes foi fechada às 9h20 locais, mas, depois de pressão de populares, os portões estavam sendo periodicamente reabertos para a entrada de mais alguns que ficaram de fora.
O corpo agora vai ser levado a Río Gallegos, na província sulista de Santa Cruz, onde ele nasceu e começou sua carreira política, para ser enterrado. A expectativa é que o enterro ocorra por volta do meio dia em uma cerimônia privada da família, com a presidente Cristina Fernández de Kirchner à frente.
Os quarteirões próximos à Casa Rosada estavam lotados de gente, e os angentinos gritavam e cantavam como se estiverem em um jogo de futebol. Os vendedores ambulantes aproveitaram a reunião de gente para faturar.
Cerca de 60 pessoas passaram mal, segundo Guillermo Aielo, que chefiava os atendimentos de emergência.
Cristina apareceu no velório acompanhada dos filhos Máximo, de 32 anos, e Florencia, de 19. Foi sua primeira aparição pública após a morte do marido e parceiro político. Ela se recolheu durante a noite.
Na quinta-feira, o velório foi prestigiado pelos principais presidentes latino-americanos: Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), José Mujica (Uruguai), Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Sebastián Piñera (Chile) e Rafael Correa (Equador).
Lula disse que Kirchner, mais que um presidente, "era um companheiro". Ele ressaltou o papel dele no processo de reaproximação diplomática entre Brasil e Argentina.
O craque Diego Maradona também foi ao enterro e, emocionado, deu seu apoio à presidente.
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