sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Argentina encerra nesta sexta-feira o adeus ao ex-presidente Kirchner



O velório do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, morto na quarta-feira de ataque cardíaco, deve terminar às 10h locais - 11h de Brasília pelo horário de verão- desta sexta-feira (29).
Emocionados, os argentinos lotaram os arredores da Praça de Maio, em frente à Casa Rosada durante toda a quinta, passaram a madrugada desta sexta no local e chegaram a ficar dez horas na fila para ver o corpo do peronista.
A entrada de visitantes foi fechada às 9h20 locais, mas, depois de pressão de populares, os portões estavam sendo periodicamente reabertos para a entrada de mais alguns que ficaram de fora.
O corpo agora vai ser levado a Río Gallegos, na província sulista de Santa Cruz, onde ele nasceu e começou sua carreira política, para ser enterrado. A expectativa é que o enterro ocorra por volta do meio dia em uma cerimônia privada da família, com a presidente Cristina Fernández de Kirchner à frente.

Os quarteirões próximos à Casa Rosada estavam lotados de gente, e os angentinos gritavam e cantavam como se estiverem em um jogo de futebol. Os vendedores ambulantes aproveitaram a reunião de gente para faturar.
Cerca de 60 pessoas passaram mal, segundo Guillermo Aielo, que chefiava os atendimentos de emergência.

A maioria dos casos foram de queda de pressão, desmaios e dores e ocorreram por volta do meio dia, quando a temperatura superou os 30 graus centígrados.



Cristina apareceu no velório acompanhada dos filhos Máximo, de 32 anos, e Florencia, de 19. Foi sua primeira aparição pública após a morte do marido e parceiro político. Ela se recolheu durante a noite.
Na quinta-feira, o velório foi prestigiado pelos principais presidentes latino-americanos: Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), José Mujica (Uruguai), Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Sebastián Piñera (Chile) e Rafael Correa (Equador).
Lula disse que Kirchner, mais que um presidente, "era um companheiro". Ele ressaltou o papel dele no processo de reaproximação diplomática entre Brasil e Argentina.
O craque Diego Maradona também foi ao enterro e, emocionado, deu seu apoio à presidente.


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